A Deloitte mandou na última semana para o banco PanAmericano e para o Banco Central o balanço do terceiro trimestre da instituição financeira de Silvio Santos como se ela não tivesse um rombo de R$ 2,5 bilhões –R$ 2,1 bilhões são do banco e R$ 400 milhões da área de cartão de crédito–, informa Mario Cesar Carvalho, em reportagem na Folha desta quarta-feira (aíntegra está disponível para assinantes do UOL e do jornal).
A Folha apurou que o buraco seria tratado numa nota técnica da demonstração financeira, recurso usado normalmente para explicar metodologia ou eventos menores no período analisado pelo balanço –de julho a setembro deste ano.
Executivos que integram a nova diretoria e o novo conselho de administração do PanAmericano se recusaram a assinar o balanço porque seria o endosso da fraude, na interpretação deles.
O buraco foi descoberto pela fiscalização do Banco Central em agosto, mas a Deloitte só ficou sabendo do problema no mesmo dia em que o PanAmericano fez um comunicado ao mercado -no último dia 7.
A Deloitte é a maior empresa de auditoria do mundo e não apontou os problemas que o PanAmericano tinha ao auditar o balanço de 2009.
Silvio Santos já anunciou que vai processar a Deloitte por conta da aparente omissão na análise do balanço.
Matéria publicada pela Folha: 17/11/2010 - 08h15
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